Entenda a relevância dos parâmetros de qualidade do ar interior

Os parâmetros de qualidade do ar interior

A ANVISA recomenda o monitoramento semestral dos seguintes indicadores de qualidade do ar dos ambientes climatizados:

• Bioaerossol (fungos viáveis)

A ANVISA recomenda que a contagem de unidades formadoras de colônias de bolores e leveduras deve ser no máximo de 750 UFC/m³ de ar nos ambientes internos. A presença de espécies de fungos patogênicas nas amostras não é aceitável, independente da contagem de colônias. E o número de colônias em cada amostra de ambiente interno não pode ultrapassar 1,5 vez a contagem verificada na área externa.
+ Leia mais sobre a importância da amostragem do bioaerossol

+ Leia mais sobre espécies de fungos Patogênicas e Toxigênicas no ar de ambientes internos.

• Concentração de dióxido de carbono

O dióxido de carbono, ou gás carbônico, é gerado nos ambientes internos, principalmente, pela respiração humana. As concentrações de CO2 nas áreas externas bem ventiladas ficam em torno de 400 ppm (partes por milhão), mas elevam-se nos ambientes fechados à medida que o oxigênio é consumido. A ANVISA recomenda que a concentração de CO2 seja mantida abaixo de 1000 ppm.
+ Leia mais sobre a importância do controle do dióxido de carbono

• Umidade Relativa

A ANVISA recomenda para os ambientes climatizados que a Umidade Relativa mínima seja de 35% nas condições de inverno e de 40% nas condições de verão. O valor máximo deve ficar em até 65%, podendo ser de até 70% em áreas de acesso. Ambientes de arte devem operar numa faixa mais restrita, entre 40% e 55% durante todo o ano.
+ Leia mais sobre a importância do controle da umidade relativa

• Aerodispersoides

A ANVISA recomenda que a quantidade de poeira total na faixa >5μm em suspensão no ar deve ficar em, no máximo, 80 μg/m³.

• Temperatura

Sabemos que as preferências de temperatura variam de pessoa a pessoa, e conforme as atividades desempenhadas dentro dos ambientes. É comum haver divergência entre os ocupantes em relação à temperatura mais confortável, de modo que essa decisão pode gerar conflitos quando deixada a cargo de uma única pessoa. A ANVISA recomenda, com o objetivo de fornecer uma referência, observar a norma brasileira da ABNT NBR 16401-2. Essa norma indica uma faixa de temperaturas de operação, que, usualmente, garante o conforto da maioria dos ocupantes e frequentadores. Para condições de verão, as temperaturas devem ficar na faixa de 23°C a 26°C; para as condições de inverno, é recomendada a faixa de 20°C a 22°C. Não há indicação na norma brasileira para uso nas condições de meia estação. Áreas de acesso podem operar até 28°C, e ambientes de arte devem operar entre 21°C e 23°C. A seleção da faixa depende ainda da finalidade e do local da instalação.

• Velocidade do ar

A mesma norma a ABNT NBR 16401-2 indica um limite de velocidade do ar na região de influência da distribuição do ar, de modo que os ocupantes não se sintam desconfortáveis em função da intensidade do vento. Esse valor deve ficar abaixo de 0,25m/s.